terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

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   Há amigos que dizem que minha sinceridade pesa como chumbo. Há amigos que dizem que não devo dizer tudo o que penso. Há amigos que dizem que tenho que ser mais diplomata. Há amigos que dizem que por isso eu acabo fechando algumas portas. Pode ser que esses amigos e amigas estejam certos. Mas talvez as portas que eu feche por conta disso sejam similares às que eu abra. Talvez eu não saiba mais conviver com a hipocrisia.
   Por que a maioria das pessoas que discordam de alguma coisa tende a fazê-lo às escondidas ou atrás do anonimato? Por que as que não concordam, muitas vezes, estampam na cara que não concordam, mas não se abrem para dizer o que sentem ou pensam? Por que poucos assumem posições contrárias porque não aceitam o que está em vigência?
   Vejo o comentário discordante como uma afirmação do pensamento e da expressão do ser, algo que parece estar ficando obsoleto no mundo dos que não querem se comprometer, dos que não querem atritar. Quem foi que disse que viver não é comprar algumas reais ou aparentes brigas? Por que todos precisam pensar - ou simular que pensam - da mesma forma? Por que o mundo tem que ficar assim tão cacete?