quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mais que uma história do rock, uma evolução

Chuck Berry e Little Richards inventaram um estilo: O Rock and Roll, que revolucionou a musica popular para sempre. Logo depois adolescentes do mundo todo se apaixonaram por Elvis, na década de 50, bem como pelos Beatles na década de 60 . Os Rolling Stones eram músicos melhores do que os rapazes de Liverpool e tocavam um estilo mais “sujo” e ” largado”. A partir daí o barulho aumentou, para desespero dos pais.
Quando o genial Jimmy Hendrix, que já usava e abusava da microfonia e da distorção, passou a comprar qualquer aparelho, mesmo em fase experimental, que desse algum efeito à guitarra, surgiram novos tipos de sonoridade. O Black Sabath e o Led Zeppelin também sabiam fazer um barulho muito bom!, e então surgiu o Hard Rock (pai do Metal). Estamos falando do começo da década de 70, quando o Rock passou a ser visto como arte e teve no Rock Progressivo o seu momento mais ousado, com bandas fazendo músicas que duravam o lado inteiro de um LP ( “long play”, o vinil , pai do CD) e não mais 2 ou 3 minutinhos. Os anos 70 foram os do Hard e Prog Rocks , que dividiam com a famigerada Disco Music o gosto da molecada.

No começo década de 80 a maioria das pessoas não aguentava mais as longuíssimas melodias progressivas e as “egotrips” dos virtuosos músicos do Hard. Os roqueiros disputavam quem seria o melhor guitarrista, bateirista, tecladista etc, e a música, que ironia, foi ficando em segundo plano. Para alguns o Rock estava perdendo o seu espírito, a sua alma: A REBELDIA. Por isso surge o movimento Punk que prometia mais agressividade e espontaneidade, e que nos brindava, de cara, com a volta da visceralidade ( a expressão de sentimentos que vem de dentro ou “das vísceras”, sem floreios). A música crua do movimento Punk não foi facilmente absorvida por todos os fãs do Rock, talvez porque algumas bandas, como o Sex Pistols, tivessem um som muito sujo e tanta visceralidade que , às vezes, se esqueciam dos arranjos, melodias, letras (esses “detalhes”).
Essa foi a deixa para a chegada do movimento New Wave e de bandas inesquecíveis e que caíram, rapidamente, no gosto popular, como The Police, Blondie e Talking Heads. Aqui no Brasil, isso coincidiu  com o Rock in Rio de 1985 e com a divulgação de novas (e antigas!) bandas brasileiras pelas rádios, especialmente a Rádio Fluminense FM, que divulgava Paralamas, Titãs, Legião Urbana, Capital Inicial, Kid Abelha  e Ultraje a Rigor.
Nirvana e Radiohead à parte,a década de 90 trouxe poucas novidades para o nosso meio musical, as mais importantes foram o movimento Grunge e as sub-divisões do Heavy :Trash Metal (Sepultura, Metallica), Speed Metal , Prog Metal ( Dream Theatre) etc. Misturando a visceralidade do Punk e a barulheira infernal dos pedais “Heavy Metal” surge também o Hardcore, que teve grande influência também no Rock Tupiniquim e em bandas como o  Raimundos.
Na primeira década do  século 21, boas bandas ainda vão surgindo, são geralmente independentes (como a internacional Cansei de ser Sexy etc) e a mídia brasileira quase nada divulga, a não ser Pop e Pop Rock; nacional, como o Skank, ou gringo, como o The Killers. Também é a década dos “revivals”, quando grandes bandas do passado se reúnem para shows e, algumas vezes, para gravar novo material. São exemplos disso o The Police (a turnê mais bem remunerada),  Duran Duran, Genesis, Echo and the Bunnymen e até mesmo o Queen (com Paul Rogers) e o The Doors (com Ian Astbury).